A trama terrorista no Aeroporto Internacional de Brasília na noite de Natal, envolvendo três indivíduos, incluindo o sobralense, cearense e blogueiro bolsonarista, Wellington Macedo de Souza, de 47 anos, que estava foragido, chegou ao fim com a prisão dele nessa quinta-feira, 14/09, na Cidade do Leste no Paraguai.

Como aconteceu a trama fracassada do terrorismo bolsonarista

No dia 24 de dezembro de 2022, na véspera de Natal, uma tentativa de detonar uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília assustou o país. A bomba foi colocada em um caminhão de combustível, artefato que foi identificada pela vigilância do motorista do veículo. O esquadrão de bombas do distrito Federal identificou uma falha na construção do artefato que não explodiu. As investigações identificaram os envolvidos, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo.

Na época do crime o bolsonarista Wellington usando uma tornozeleira eletrônica que permitiu que as autoridades rastreassem seus movimentos no dia em que a bomba foi colocada no caminhão de combustível.

As imagens das câmeras de segurança de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi colocada, foram divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, em 15 de janeiro. Essas imagens revelaram o momento em que o veículo do bolsonarista Wellington se aproximou lentamente do caminhão, permitindo que seu cúmplice, o bolsonarista Alan Diego, colocasse a bomba.

Após meses de busca, as autoridades rastrearam Wellington no Paraguai. A operação de captura pela policia paraguaia garantiu a chegada do prisioneiro a Polícia Federal do Brasil pela Ponte da Amizade que conecta Foz do Iguaçu a Cidade do Leste.

A prisão de Macedo marca um desenvolvimento significativo neste caso de terrorismo. As investigações apontam que tanto os atentados ao Ministério da Justiça no dia da Diplomação do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2022 e os atentados terroristas do vergonhoso dia 8 de janeiro de 2023 tenham sido planejados nos acampamentos dos derrotados bolsonaristas que estavam acampados na frente de bases do exército desde novembro de 2022.

As condenações de Wellington, George e Alan

Em decorrência de seu envolvimento no plano de terrorismo, mesmo foragido, o bolsonarista Wellington foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado, além de receber uma multa no valor de R$ 9,6 mil. Seus cúmplices, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, também enfrentaram consequências severas. George foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, enquanto Alan recebeu uma sentença de cinco anos e quatro meses, ambos em regime fechado.

O extremismo do Bolsonarismo

O envolvimento de Wellington, neste caso de terrorismo, lança luz sobre a questão do bolsonarismo no Brasil. O bolsonarismo é uma ideologia política obscura repleta de ódio e preconceitos as minorias baseadas no extremismo de direita liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Embora muitos seguidores do bolsonarismo não estejam envolvidos em atividades criminosas, casos como o de Macedo levantam preocupações sobre os extremistas que podem se identificar com essa ideologia.

É importante ressaltar que o bolsonarismo, como qualquer movimento extremista e de ódio, é diverso e abrange uma ampla gama de seguidores, desde aqueles que apoiam as políticas conservadoras mais absurdas.

A captura do bolsonarista Wellington Macedo, representa um passo importante para desvendas muitas perguntas sem respostas, como: Quem financiou os atos em dezembro e do 8 de janeiro? Quem mais estava envolvido? Se o derrotado e ex-presidente estava envolvido? A justiça está determinada na busca dessas e várias outras respostas que devem surgir nos próximos meses.

Este caso também destaca a importância do diálogo permanente, aberto e construtivo entre os três poderes para que a democracia continue protegida contra golpistas e remover da normalidade movimentos extremistas e de ódio as minorias.