O município de Orós que fica há 352 km da capital cearense Fortaleza, viveu na última terça-feira, 16/11, um verdadeiro dia de suspense. As pessoas conversavam nas esquinas e ruas do município apreensivas sobre a possibilidade da cassação da prefeita, Fátima Maciel (PSB), do vice-prefeito, Luís Gomes (PP) e da presidente da câmara de vereadores, Luanna Irya (DEM). A notícia se confirmou a noite quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou a condenação por abuso do poder econômico (compra de votos).
A decisão do TRE pode ser recorrida ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que até uma decisão final a prefeita, seu vice e a vereadora não podem voltar a exercer os cargos.
A condenação ainda impõe o afastamento imediato e o cargo de prefeito até que uma nova eleição seja feita em Orós, o vice-presidente da câmara municipal, João Filho, assumirá como prefeito.
A ação foi movida pelo advogado, Vicente Aquino, em nome do segundo colocado nas eleições de 2006, Eliseu Batista (PSDB).
Segundo depoimento de moradores, a prefeita e assessores já encontram-se em Brasília recorrendo da decisão. Enquanto a prefeita busca salvar seu mandato a cidade de Orós vive um clima de tensão, misturado com alegria festejada com fogos de artificio pela oposição.