A biografia não autorizada resgata o período em que Dirceu foi líder estudantil e protagonista do congresso realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP), em 1968. Capturado, Dirceu foi um dos presos trocados pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick. Expatriado, morou em Cuba, durante a época da ditadura militar e, posteriormente, voltou ao Brasil, onde ficou clandestinamente até 1979, quando foi anistiado.

Jornalista há mais de 20 anos, Cabral cobriu a editoria de política principalmente de 2000 a 2010. Até hoje, entretanto, concilia na publicação da Editora Abril a edição da 'Holofote' com reportagens sobre os bastidores do poder. Além de Veja, passou pelas redações de Folha de S. Paulo e Notícias Populares.

Livro sai pela Record

Editado pela Record, o livro do jornalista sairia pela LeYa, que em maio deste ano engavetou o projeto. A editora alegou que a lei brasileira proíbe o lançamento de biografias sem a autorização do biografado, o que poderia gerar multas e punições, conforme declarou à Folha a editora-executiva da LeYa, Maria João Costa.

“Tivemos dúvidas e decidimos consultar advogados. Mas o direito à reserva da vida privada é considerado absoluto no Brasil, o que faz com que seja impossível publicar livro sobre qualquer personagem histórico do país”, afirmou Maria João. Ela ressaltou que não houve nenhum tipo de ameaça por parte de Dirceu e acrescentou que “até personagens secundários citados em fatos irrelevantes poderiam processar a editora”.

Fonte: www.comunique-se.com.br