No último domingo 14/11, foi a vez de jovens gays sofrerem agressões. Tudo aconteceu quando cinco jovens de classe média alta de um colégio particular de São Paulo decidiram sair batendo por aí sem motivo algum, o resultado foi uma onda de ataques próximo à estação Brigadeiro do Metrô, na av. Paulista que teve mais de 6 pessoas agredidas.

Segundo informações da polícia os ataques tem indícios de motivação homofóbica. As agressões eram feitas com chutes, socos e até com bastões de luz branca. Duas das vítimas foram socorridas em hospitais da região.

Foto:DivulgaçãoAdvogados e parentes dos cinco jovens, quatro deles adolescentes de 16 e 17 anos, diz que há por parte da polícia um exagero e o que houve foi apenas “uma confusão que acabou em agressão”. “Eles podem não ser vítimas, mas não são algozes assim”, disse um dos advogados de defesa, Orlando Machado Júnior.

De acordo com as vítimas Otávio Dib Partezani, 19, e Rodrigo Souza Ramos, 20, estavam próximos a um ponto de táxi quando viram o grupo caminhar em sua direção, mas sem demonstrar qualquer agressividade, quando o grupo chegou perto iniciou-se os ataques que além dos chutes e pontapés diziam, “Suas bichas”, “Vocês são namorados!”, tem que apanhar mesmo.

Após essas agressões, o quinteto atacou outro jovem, Luís, 23, que estava com dois colegas. Ele foi ferido no rosto e na cabeça também com lâmpadas de bastão. A policia foi acionada por populares que chegou e efetuou a prisão do jovens. Já na delegacia no momento que estava sendo registrada a ocorrência como formação de quadrilha e lesão corporal gravíssima, apareceu o lavador de carros Gilberto Felipe Andrade, 18, dizendo que também foi vítima de agressões.

Segundo Gilberto Andrade, ele foi agredido por volta das 3h na av. Brigadeiro Luís Antônio e disse que o grupo seguiu ele após um dos adolescentes ter acertado um soco em sua nuca, e os outros rapazes o agrediram na sequencia.

Todas a vitimas reconheceram os agressores, além de populares que presenciaram a barbare.

Os bandidos acusados seriam transferidos para a Fundação Casa, enquanto o mais velho, Jonathan Lauton Domingues, seria encaminhado para o Centro de Detenção Provisória. Mas as 16h30 dessa segunda 15/11, foram liberados pela justiça e saíram da 2º DP (Bom Retiro), onde estava presos.

A pergunta é, se fosse um pobre a justiça tinha libertado assim tão fácil? casos simples (cometidos por pobres) geralmente são punidos sem misericórdia, (talvez seja por isso que 96% da população carceraria do Brasil é formada por pobres).