O deputado estadual Marcos Sobreira (PDT) levou à tribuna da Assembleia Legislativa denúncias feitas pela população sobre a falta de atendimento na Policlínica de Iguatu. Pacientes que precisaram dos serviços alegam que muitas especialidades não estão sendo disponibilizadas, que a estrutura está sucateada. O tomógrafo da unidade, por exemplo, passou cerca de 6 meses sem funcionar, prejudicando a população dos 9 municípios atendidos pela unidade.

Marcos Sobreira diz existir seleção para atendimentos em uma espécie de “prefeitura paralela”

Além da falta de atendimento, o deputado ressaltou as denúncias sobre a má gestão realizada pelo atual presidente do consórcio, o prefeito de Saboeiro Marcondes Ferraz. De acordo com os relatos, existe débito com fornecedores desde 2021, assim como o loteamento de cargos para pessoas que sequer trabalham no local e a escolha de pacientes que serão atendidos na policlínica, numa espécie de “prefeitura paralela”.

Atuando em seu dever de fiscalização e em busca de informações sobre as denúncias recebidas, Marcos Sobreira apresentou na tribuna diversos ofícios enviados à presidência do consórcio para que pudesse explicar as acusações e prestar contas dos recursos recebidos e serviços prestados. A primeira notificação foi encaminhada em novembro do ano passado e, até o momento, nenhuma resposta foi dada à Assembleia Legislativa.

Marcos Sobreira salientou que vai acionar o Ministério Público do Estado, a Secretaria de Saúde e a Comissão de Saúde da Casa em busca de respostas e soluções para a saúde da população do Centro-Sul.

“Vamos entrar com ação judicial. O Estado do Ceará é o consorciado que mais aporta recursos na unidade e está com tudo em dia. Falta transparência da presidência do consórcio. Estão desrespeitando essa Casa, o povo e a lei da transparência”, afirmou.

O parlamentar ainda cita o exemplo do Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Sobral que, além de prestar os serviços oferecidos pela policlínica, fez convênio com a Santa Casa de Misericórdia de Sobral para oferecer cirurgias ortopédicas para crianças de 23 municípios.

“O povo do Centro-Sul também merece ser bem cuidado e o recurso público precisa ser respeitado. Não podemos deixar que esse desrespeito continue acontecendo em nosso estado!, disse Marcos Sobreira”