Tecnologia
Como você sabe, o Congresso está discutindo já faz algum tempo o marco civil da internet no Brasil. Basicamente, um conjunto de leis que definam direitos e deveres de usuários e empresas que usam a rede ou oferecem infraestrutura para que ela funcione. O projeto pode ser votado a qualquer momento. Já sua aprovação, e o que vai estar dentro do projeto, ainda depende de algumas negociações entre governo e oposição.
No final de 2013, o Giz fez um guia para explicar o Marco Civil. Mas, de lá para cá, algumas coisas mudaram. O governo abriu mão dos data centers no Brasil, por exemplo.
Para clarear um pouco a situação, pedimos ajuda para o advogado Luiz Fernando Marrey Moncau, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas – Direito, no Rio de Janeiro. Moncau tem uma longa experiência como advogado de direito do consumidor e trabalhou muito tempo no Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Ele aceitou responder algumas perguntas muito simples sobre o marco. Afinal, a lei vai afetar todo mundo. Saber o que vai mudar – e o que precisa NÃO mudar – é fundamental. Abaixo, as perguntas e as respostas.
Por que eu tenho de me importar com o Marco Civil?
Porque o Marco Civil vai definir quais são os seus direitos e deveres ao utilizar a internet!
Por que muita gente diz que o Marco Civil é só uma desculpa para o governo controlar a internet?
Muita gente diz isso porque não quer o Marco Civil. O Marco Civil limita o poder das empresas de telecomunicações e existe um imenso lobby contra o projeto. Em ano de eleição, muitos deputados da base do governo que estão insatisfeitos querem cargos e partidos da base querem ocupar ministérios. Além disso, a oposição quer derrotar o governo em tudo que for possível. Mas ninguém vai dizer isso publicamente.
É importante dizer que quando a internet surgiu, os defensores de uma internet livre acreditavam que este deveria ser um espaço livre de regulação. Hoje em dia essa percepção mudou. As entidades que trabalham com a internet sob uma perspectiva de interesse público passaram a defender uma regulação que assegure direitos. Foi assim que surgiu o Marco Civil da Internet.
Por que o argumento das empresas de telefonia não é justo? O Google e o Facebook ganham muito dinheiro com a infraestrutura das telefônicas…
As empresas de telefonia querem poder cobrar nas duas pontas. Das empresas que prestam serviços, para lhes garantir a capacidade de oferecer seus serviços com qualidade aos usuários de internet. E do consumidor, para acessar diferentes tipos de serviço (ex: um plano somente para e-mail. Um plano somente para redes sociais. Um plano somente para vídeo). Se isso for possível, a internet tal como a conhecemos acabou. Ficará muito mais parecida com a sua TV a Cabo (na qual você pode acessar vídeos mas não pode navegar livremente). Será muito ruim para a concorrência. Se eu inventar um novo serviço, só poderei vendê-lo aos consumidores finais se tiver um acordo comercial com as teles. No final das contas, o consumidor perderá opções e liberdade de escolha.
Faz sentido. E por que a gente ainda não votou o projeto?
O projeto não foi votado porque as empresas de telecomunicações não querem a neutralidade de rede e porque alguns partidos estão ameaçando derrotar o projeto com o único objetivo de pleitear cargos, ministérios e recursos do orçamento da União para projetos que são do seu interesse. É ano eleitoral e há muitas pessoas que se desligam de cargos chave para concorrer. Abre-se espaço para disputa: nossos direitos estão sendo negociados nessa base.
Se o Marco Civil não for aprovado, como será a minha internet daqui a alguns anos?
É importante aprovar o Marco Civil com neutralidade de rede. Se isso não ocorrer (como quer o Deputado Eduardo Cunha, que lidera a luta contra o Marco Civil), nossa internet será fundamentalmente diferente da que temos hoje.
Por que eu devo me importar com a neutralidade da rede?
Hoje, pagando pela conexão, você tem a liberdade de acessar o que quiser e a operadora não pode interferir na sua navegação. A neutralidade de rede busca garantir que isso não mude, ou seja, que as empresas de telecomunicações não possam bloquear ou deteriorar a qualidade dos serviços que você quer acessar. Desse modo, a neutralidade de rede serve para preservar a experiência que temos hoje, como usuários, na internet.
Sem a neutralidade, o provedor de conexão à internet poderá tornar mais lentos (ou até bloquear) seu acesso a serviços. E os provedores têm vários incentivos para fazer isso, como privilegiar seus próprios serviços em detrimento do serviço de concorrentes ou degradar deliberadamente o serviço de outras empresas que não possuam, com o provedor, um acordo comercial.
Eu ouvi que o deputado Eduardo Cunha é um dos principais oponentes do marco civil. Quem mais está com ele? E quem está contra ele?
O Deputado Eduardo Cunha é o líder do PMDB na Câmara. O PMDB tem seguido as indicações de Eduardo Cunha e, atualmente, é contra a neutralidade de rede e tem dificultado a aprovação do Marco Civil. O problema é que a discussão sobre o Marco Civil foi contaminada pela disputa eleitoral e pela disputa por cargos nos Ministérios. Com isso, além do PMDB, outros partidos da base do governo (que normalmente apoia os projetos que o governo quer aprovar), organizados num grupo que tem se chamado blocão, têm seguido as orientações de Cunha, como PTB e PR. Contra Eduardo Cunha e a favor do Marco Civil estão os partidos que não romperam com o governo. Alessandro Molon (PT-RJ) é o autor do projeto que, atualmente, conta com grande apoio de entidades da sociedade civil de interesse público, como o IDEC, Intervozes, PROTESTE, além de militantes do software livre e instituições acadêmicas.
Tem alguma coisa que eu possa fazer para aprovar a proposta atual do marco civil?
Sim. Fique de olho nas campanhas online que estão ocorrendo. Entidades como Avaaz e MeuRio estão lutando pela aprovação do projeto. E, acima de tudo, informe-se e não deixe a campanha de desinformação dos que se opõem ao texto contaminar a opinião pública.
Reprodução: Gizmodo | Luiz Fernando Marrey Moncau
O escritório de São Paulo do Facebook tem oportunidades de emprego em diferentes áreas. Destaque para Desenvolvedor de Operações (Developer Operations), que tem três cargos disponíveis, e Vendas Internacionais (Sales International), com quatro vagas abertas.
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Especulações ou não a nova cara do microblog Twitter aparece com características conservadoras de postagem como existentes no Facebook e Google Plus (ferramentas que não conseguiram inovar em 2013), mas as novidades podem dar certo com o Twitter, já que foi mantido o perfil de mensagens, fotos, vídeos e links rápidos.
A novidade foi descoberta pelo pessoal da Mashable no último dia, 11/02, e para não estragar a surpresa dos apaixonados pelo microblog, a equipe do Twitter poderá ou não disponibilizar as novidades por conta desse vazamento e muitas mudanças podem surgir no lançamento oficial, digo isso baseado no que já aconteceu no passado recente, quando a equipe do Twitter testou novidades com alguns usuários escolhidos aleatoriamente e depois as removeu por achar a perspectiva de futuro negativa das funcionalidades.
A presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente que o Brasil já está em vias de desenvolver um supercomputador destinado à pesquisas em áreas estratégicas. O anúncio foi feito em função do último encontro bilateral com o presidente francês, François Hollande, que resultou na assinatura de um acordo de cooperação entre Brasil e França. O tratado prevê a compra de um supercomputador de fabricação francesa, pelo governo brasileiro. Ao mesmo tempo, prevê a transferência de tecnologia da empresa francesa Bull para outra empresa brasileira do ramo, a fim de possibilitar o desenvolvimento das próximas gerações de supercomputadores.
De acordo com o pronunciamento da presidente brasileira, no momento, somente dez países no mundo possuem capacidade de produzir algo com este nível de sofisticação, e o Brasil faz parte deste seleto grupo. Na realidade, o supercomputador brasileiro será uma estrutura computadorizada de alto desempenho, capaz de desenvolver aplicações para áreas estratégicas como a petroleira, climatológica, geográfica e muitas outras. O custo de fabricação deverá ser em torno de 41 milhões de dólares, entretanto, o valor não inclui os custos operacionais ou de instalação.
Além disto, o acordo propõe a criação de uma empresa formada pelos dois países, dedicada à fabricação de armamento militar, assim como a construção e lançamento de um satélite de defesa e comunicações estratégicas.
A Microsoft, MS, que é proprietária da Skype anunciou no inicio do mês que em dezembro de 2013 o aplicativo/complemento Messenger Plus! deixará de ser compatível. A empresa alega que tem trabalhado duro para desenvolver novas tecnologias e trazer benefícios aos usuários do Skype em todas as plataformas, especialmente nos dispositivos móveis. A mudança melhorará significativamente a qualidade das chamadas e a velocidade de entrega das mensagens de chat, além de economizar muito a vida útil da bateria de dispositivos móveis.
"Como as pessoas estão usando o Skype em mais dispositivos, também estamos nos empenhando para criar uma experiência mais familiar e consistente no Skype em todas as principais plataformas", afirma Jonh Hide, diretor da MS/Skype.
A Desktop API (Interface de Programação de Aplicativos) do Messenger Plus! foi criada em 2004 e não é mais compatível com o desenvolvimento de aplicativos móveis, por isso foi decidido descontinuar a Desktop API.
A MS/Skype esta coletado opiniões sobre novos recursos que devem substituir o Messenger Plus!
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Dois tipos distintos de organizações surgem da recente pesquisa “A Situação da Mobilidade 2013”, da Symantec Corp. (Nasdaq: SYMC): as empresas ‘Inovadoras’, que abraçam a mobilidade imediatamente e as ‘Tradicionais’, que relutam em implementá-la. 84% das inovadoras (32% na América Latina) estão apostando em mobile, motivadas por fatores profissionais – e estão obtendo benefícios significativos. As organizações tradicionais estão implementando a mobilidade mais lentamente, grande parte delas em função da demanda dos usuários – e estão tendo menos custos e menos benefícios.
A Pesquisa 2013 sobre o Estado da Mobilidade, da Symantec representa as experiências de 3.236 empresas de 29 países, 312 delas da América Latina. Foram entrevistados profissionais de nível sênior da área de TI, no caso das empresas de grande porte, ou um técnico, nas PMEs. As respostas vieram de empresas com no mínimo cinco até mais de 5.000 funcionários.
Junta-se a esta pesquisa, os estudos da Tata Consultancy Services (TCS), que afirmaram no ano passado que o m-commerce crescerá 35% até 2015 na América Latina. Até lá, as campanhas publicitárias direcionadas para tablets e smartphones aumentarão 38% e 40%, respectivamente. Você pode conferir o texto completo aqui.
Os dois grupos percebem os benefícios e os riscos do mobile de formas diferentes. Entre os inovadores latino-americanos, 56% afirmam que os benefícios valem os riscos. Globalmente, 66% das empresas tradicionais consideram que os riscos não compensam. Isso é refletido no índice de adoção da mobilidade, com 49% mais funcionários usando smartphones profissionalmente entre os inovadores.
Quando se trata dos inovadores, o envolvimento da empresa não se limita à compra dos aparelhos (49% são comprados pelas organizações). Eles frequentemente têm políticas de mobilidade, além do dobro da probabilidade de usar tecnologia para impor suas políticas (60% dos inovadores contra 33% dos tradicionais).
As empresas sabem que adotar qualquer tecnologia antecipadamente, como mobile, pode trazer alguns riscos. Se uma organização utiliza mais dispositivos móveis, poderia experimentar mais incidentes que aquelas que não usam tais dispositivos. Quando entrevistados da América Latina foram questionados sobre quais perdas haviam experimentado nos últimos 12 meses como consequência ou relacionados à mobile, 42% mencionaram a perda de dados de sua organização, de colaboradores ou de clientes; seguida da perda de produtividade (35%) e aumento de custos (33%). A boa notícia é que, com base em tais incidentes, 74% das empresas modificou suas políticas ou processos relacionados aos dispositivos móveis em sua organização para prevenir futuros incidentes.
Custos e benefícios
Os inovadores tiram mais proveito da mobilidade, mas também notam mais custos associados a ela. De fato, tiveram em média duas vezes mais incidentes mobile durante o ano passado – como perda de dispositivos e violações de dados – gerando consequências como multas regulamentares e perda de receita. Os inovadores também estão obtendo muito mais benefícios em três áreas principais:
- Maior produtividade, velocidade e agilidade;
- primoramentos no valor da marca, satisfação do cliente e competitividade geral;
- Funcionários mais satisfeitos e melhores índices de recrutamento e retenção.
O mais importante, porém, é que os inovadores estão obtendo um crescimento da receita quase 50% mais alto do que os tradicionais (44% contra 30%). Considerando tudo, as empresas observam resultados positivos líquidos com mobile.
Fonte: Symantec