A empresa é investigada porque, segundo a ANJ, estaria usando artifícios para ocultar que o controle econômico e editorial dos veículos estaria nas mãos da companhia portuguesa, o que é proibido no Brasil, já que nos veículos de comunicação do País a linha editorial deve ser dirigida por brasileiros e a participação de capital estrangeiro não pode exceder 30% do valor da empresa.

“Trata-se de uma clara tentativa de condicionar o poder judicial a favor de uma queixa que não tem qualquer fundamento”, declarou o diretor de comunicação do Grupo Ongoing, Ricardo Santos Ferreira.

Ricardo ainda afirmou que a matéria da Folha não condiz com a verdade e que o caso já foi entregue aos advogados da empresa. “A matéria está repleta de falsidades e o caso está entregue a nossos advogados. Obviamente, o Grupo Ongoing cumpre integralmente a legislação”.

Suposto respaldo político

Além de noticiar a investigação do MPF, a reportagem da Folha dizia que a chegada do Ongoing no Brasil teria sido motivada por petistas, que para criar uma rede de comunicação alinhada ao governo, que diminuísse o poder dos grandes grupos de mídia brasileiros.

Segundo o jornal, o principal responsável pelas negociações entre o grupo e o governo seria o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu, colunista do Brasil Econômico.

Fonte:Izabela Vasconcelos do Portal Comunique-se