O representante da Secretaria de Direitos humanos revelou ainda que o secretário Paulo Vannuchi, se reuniu com o Conselho Nacional de Educação e formalizou pedido de inclusão da disciplina de Direitos Humanos nas grades curriculares em todos os níveis de ensino. "Temos a convicção de que precisamos ampliar a consciência das crianças e dos jovens para o respeito à dignidade das pessoas. Apenas com o aprendizado do respeito aos direitos humanos poderemos diminuir a violência contra a comunidade LGBT", afirmou.

Na avaliação do antropólogo, historiador e fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, as causas da violência contra homossexuais no Brasil têm raízes históricas. "Essa violência vem do nosso passado colonial e escravista onde uma minoria de homens brancos detinha todo o poder e era preciso ser super macho e viril para manter mais de 80% da população oprimida", explicou o antropólogo. Ele lembrou que as estatísticas colocam o Brasil na liderança mundial de assassinatos praticadas contra homossexuais.

Durante o seminário, duas mães, cujos filhos sofreram violência, reivindicaram penas mais duras para crimes contra homossexuais. "É preciso que essa casa parlamentar, que representa a diversidade regional e política do país, aprove leis que deem mais segurança aos jovens homossexuais", afirmou Angélica Ivo, mãe do adolescente, Alexandre Ivo, assassinado em São Gonçalo (RJ) no início do ano. Também presente ao encontro, Viviane Marques, mãe do jovem baleado por militares no parque Garota de Ipanema, pediu o fim do preconceito. "As pessoas precisam aceitar as outras do jeito que elas são. Por isso apoio a criminalização da homofobia", afirmou.

O presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), defendeu uma campanha nacional em prol da aprovação da criminalização da homofobia. "É preciso que parlamentares e entidades que apoiam os direitos da comunidade LGBT pressionem o Senado Federal para que aprove a lei criminalizando a homofobia no país.", defendeu. Ao concordar com a aprovação desta proposta, o deputado Luiz Couto (PT-PB), disse que "a convivência e o respeito deve ser a palavra de ordem que norteie a atitude da sociedade em relação à comunidade LGBT".

Além de várias entidades que lutam contra a violência à população LGBT, também participaram do seminário os deputados, Iran Barbosa (PT-SE), Domingos Dutra (PT-MA), e Pedro Wilson (PT-GO).

Fonte: Site PT na Câmara